terça-feira, 19 de outubro de 2010

carta (não mais) fechada

Terça feira, dia de nada. Na epoca da escola sempre era educação física e eu gostava, pq os meninos jogavam bola e eu jogava volei, mas depois de um tempo preferia gazetar.
Jogava UNO, valendo 25 centavos de cada um, por rodada.
Mas agora não tem mais, terça-feira é só um dia de nada.

Ontem tive que arrumar o quarto, mamãe me obrigou, nem queria. Ainda existiam pequenas bagunças não-minhas, na minha comoda, a maioria era lixo, das outras.
Deu saudade, sentei na cama e arrumei. Ordem é ordem.

Eu já sabia que minha prima ia chegar com a filhinha dela, de 3 meses, com uma bochecha sem finalidade nenhuma na vida, a não se o anuncio em letras garrafais: ME MORDA.
Ansiosa por ter criança em casa, mas ainda regulando meu sono, acordei meio tarde, com o chorinho dela. Sofia a nenem que tem olhos nas bochechas.

Acordei, no quarto da mamãe, nem sei como fui parar lá, mas já sabia que as meninas estavam no meu quarto, cansadas da viagem.
Põe música pra levantar, lava a cara, os dentes e de pijama mesmo desci.
Perto da escada, com o celular em mãos, pra tentar pegar o wi-fi, atualizei meu email e esperei...
-blom-blooom-blom blom...
(hein?)
-aquela nuvem negra...
(não pode ser... ninguem me avisou que era hoje)
-bloooooooooom...
...
..
VÔ???
dai responde o batuque:
"eu vou pra maracangalha eu vou, eu vou com chapeu de palha eu vou"
ahhhhhh
Era ele! De cabelos e sapatos brancos. Abriu os braços e disse "é muito frio aqui, minha filha"

Ele nunca gosta do frio daqui, tadinho
nem eu, pq ele num gosta. Lindo, tocou a volta do behemio.
Ele sabe me agradar
e eu sei que ele gosta dos meus olhos, iguais da vó Lea.

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